Mudar uma rotina, implantar uma tecnologia, é quase como voltar para o colégio (e, na verdade, acho que no mundo digital nunca saíremos da escola).
Assim é a minha história com o Lightroom, o software, tecnologia da Adobe que, lançada em 2007, com o propósito de facilitar a vida dos fotógrafos digitais, antes disso dá um trabalho danado. Parece contraditório, mas é assim mesmo. A primeira reação de vários fotógrafos que eu conheço (me inclua) foi um 'susto'. Não tem Control O, não tem Control S, não abre nada, não salva nada, como assim? Uma interface muito diferente, quase complicada, e outro jeito de organizar o banco de imagens. A partir daí, é um mundo a desvendar. Palestras, cursos, apostilas, vídeos, tutoriais, conversas, dicas, todo arsenal pedagógico é útil nesta empreitada. Mas o processo é lento, tem que ser um projeto, ter um plano de implantação. Quem já estudou e praticou o Photoshop desde a versão 3, agora tem que (des)aprender e reciclar sua rotina de trabalho, para implantar uma nova, dentro da lógica do Lightroom. É quase como começar de novo. Eu estou tentando desde 2008 mas, agora, cada vez mais certo de que a migração é irreversível.
Um esforço necessário porque a boa fama indica que o programa cumpre sua promessa: agilizar e aperfeiçoar o fluxo de trabalho, início, meio e fim. E isto é o que buscamos desde 'antigamente'. A agilidade é amiga da satisfação do cliente e reduzir o prazo entre a obtenção e a disponibilidade da imagem é um requisito e um objetivo desde a época da revelação e processos químicos em quarto escuro. E, para o suporte digital, passada a primeira impressão, temos no Lightroom a melhor ferramenta disponível para a qualificação da prestação do serviço, nesta corrida contra o tempo.
Convencido disto, 'encarei o monstro', chamei reforços, e, em equipe, colocamos o Lightroom a trabalhar no atendimento do 10º Congresso Internacional da Gestão e na cerimônia de entrega do Prêmio Qualidade RS, que aconteceram nos dias 20 e 21 de Julho, em Porto Alegre. Da captura à publicação, todos os tempos foram encurtados, aumentando a produtividade e agilidade no atendimento às demandas da Associação Qualidade RS, da Assessoria de Imprensa (Enfato), da organização (Capacità Eventos) e das empresas participantes.
O porte do evento possibilitou um grande teste das potencialidades do programa. Com público recorde de cerca de 7.000 participantes, o Congresso e o Prêmio oportunizaram a produção de 5.500 imagens, obtidas e processadas por uma equipe de 8 profissionais. Deste conjunto, cerca de 2.000 fotos foram selecionadas e podem ser conferidas nas galerias do site www.temporealfoto.com/pqrs. Como a primeira experiência apresentou ótimos resultados, a rotina será incorporada e replicada em eventos de pequeno e médio porte.
E, por isso e para isso, voltei a ser aluno.